Os primeiros passos da sua construção iniciaram-se a 7 de Julho de 1964, , sendo baptizado e lançado à água, a 28 de Outubro de 1965, tendo como madrinha a senhora Gunni Krogius. Inicialmente também tinha sido sugerido para o navio, o nome Yoldi. Foi entregue a 27 de Abril de 1966 à Silja Oy Ab, de Turku, na Finlândia. Em Maio de 1966 começa a operar entre Turku e Mariehamn/ Långnäs - Estocolmo, Suécia.
Possui um historial de acidentes como o ocorrido a 16 de Outubro de 1966, a uma milha da costa, pelas 01:10h, com 246 passageiros a bordo, 11 automóveis e 25 camiões, em que os passageiros foram evacuados do navio para Långnäs, pela Guarda Costeira. No dia seguinte todos os veículos são retirados de bordo, para barcaças e no dia 18, o navio é rebocado pelos rebocadores Meteor e Protector, que o levam até ao estaleiro Finnboda Nacka, onde se verificou que existiam 75m de chapa rasgada no fundo do navio, e danos consideráveis no deck dos automóveis.
Em mais um capítulo de incidentes, a 22 de Julho de 1969, o navio sofreu o seu quarto “break-board”, na rota Turku-Estocolmo, sendo um tripulante culpado pelo mesmo.
A 15 de Outubro de 1969, é colocado fora de serviço e vendido para a Svea Line Oy Ab, de Turku na Finlândia, a 6 de Julho de 1970. Em 1971, ostenta o caso todo branco e a marca no casco E3. Em 10 de Outubro de 1971, volta a ter mais um acidente, desta vez ao embater no cais de Turku, o que levou a sérios danos na proa, nos camiões transportados e no cais.
Entre 1970 e 1977 o Fennia operou as linhas entre Turku - Mariehamn / Långnäs - Estocolmo, Suécia. Turku - Mariehamn / Långnäs - Norrtälje, Helsinki - Estocolmo, Suécia.
Em 1972, foi remodelado, aumentando o número de camarotes para 353.
Em mais um dos seus incidentes, a 24 de Fevereiro de 1977, ficou preso no gelo, tendo sido libertado por um quebra-gelos.
Em 1983, serviu de navio acomodação aquando da renovação da central nuclear de Forsmark, no mesmo ano, navegou na Irlanda entre Pembroke e Dock-Cork, não sendo adequado a esta rota por não possuir estabilizadores, saiu da mesma em Setembro do mesmo ano. Foi vendido para a James Line Oy Ab e entregue em 1984, operando na Finlândia e Suécia. Em 1984, voltou a ter mais um incidente, quando um homem caiu ao mar na rota Örnsköldsvik – Pietarsaari, um ano no qual devido a tempestades severas na zona onde operava, chegaram a ferir dois passageiros. Em Outubro do mesmo ano, foi alugado para servir de navio acomodação, novamente, à Wärtsilä, em Helsínquia. Terminado este período voltou a protagonizar mais um incidente, ficando preso no gelo na rota Pietarsaari – Örnsköldsvik, a 7 de Maio de 1985.
No mesmo ano é vendido para a Rederi Sally Oy Ab, Vaasa, Finlândia.
A 1 de Maio de 1988, sofreu uma ameaça de bomba, contudo nenhuma bomba foi encontrada a bordo. No mesmo ano, a 21 de Dezembro assiste o navio Botnia Express, soltando-o do gelo, onde se encontrava preso. Em 1989, desapareceu um dos seus passageiros, na rota Sundsvall - Vaasa. Em Janeiro de 1991, foi transferido para a Wasa Line Oy Ab, que mais tarde se tornou Silja Line. A 12 de Novembro de 1991, derramou 14 toneladas de óleo no mar, em Örnsköldsvik. Após este período vieram várias conturbações de serviço para este navio, com várias rotas pouco rentáveis e várias mudanças das mesmas, sempre no mar Báltico. Em 1994, passou a ser operado pela SeaWind Line, como navio de carga, entre Turku e Estocolmo. Em 1996 voltou a ser palco de mais um insólito incidente, quando pelas 8:30h do dia 13 de Junho, na proa do navio se desenrolou um homicídio, de um engenheiro de 50 anos, perpetuado por um marinheiro de 46, o que levou a duas horas de atraso na viagem. Entre 1996 e 2000, efectuou vários serviços, chegando a efectuar o transporte de veículos novos para exportação. Em Maio de 2000, esteve em estaleiro na Estónia, onde chegou a ter a chaminé pintada para um charter para a Turquia, contudo o negócio não se efectuou, e o navio saiu do estaleiro com as mesmas cores que com entrou, sendo colocado à venda em Vaasa, na Finlândia. Em Fevereiro do ano seguinte, é vendido à RG Line, com registo em Åland. No primeiro dia de Maio de 2001, é renomeado Casino Express e é inaugurada pelo primeiro-ministro finlandês Paavo Lipponen a sua rota, que passou a ser parcialmente financiada pelo jogo a bordo. Em 2002, volta a protagonizar-se mais um incidente a bordo, quando um camião tombou, durante uma tempestade, danificando dois outros veículos, isto a 22 de Fevereiro.
C Express, foto copyright, Jani Nousiainen.
Em 2003, voltou a ficar preso no gelo, sendo esta vez que mais dificuldades teve, em que os quebra-gelos, tiveram de abandonar o serviço devido à espessura do gelo. Desta vez voltou a apresentar danos consideráveis descobertos mais tarde em inspecções, que o levaram de novo a estaleiro para reparações, em Turku. Como este navio não resiste a problemas, a 24 de Novembro de 2004, encalhou em Corte Hill, Umeå. Foi rebocado e reparado na Estónia, no estaleiro Baltic Ship Repair. Em Agosto de 2005 fica parado em Vaasa, sendo comprado a 10 de Julho de 2007 pela Attar Construction Ltd, Kingstown, São Vicente e Granadinas. É renomeado C Express, registado em St. Kitts e Nevis, no porto de Basseterre. A 14 de Outubro viu o seu destino chegar ao fim, quando foi vendido para a Dortel Lta, uma empresa com sede em Aliaga, Turquia, contudo a sorte sorriu-lhe e o amianto que possui a bordo salvaram-no da morte certa. Em 2009, foram relatados problemas de infiltrações e derrames, contudo mesmo assim o navio saiu de Vaasa, após ter sido renomeado de Onyx (22/9/2009), nome que ostenta actualmente. A intenção seria chegar a um fretamento para a Turquia, contudo efectou paragens em Inglaterra, Portland, onde teve problemas nas máquinas durante a viagem, depois rumou a Brest, Norte de França, onde efectou novos reparos a 8 de Dezembro de 2009. Neste momento encontra-se em Lisboa, sendo relatada a sua escala, como arriba e fuga ao mau tempo. Chegou no dia 16 de Fevereiro pelas 13:00h. A sua saída está prevista para o dia 22 de Fevereiro, pelas 23 horas, com destino a Limassol no Chipre. Navega desde 1966 sob o IMO 6600462.
Será desnecessário dizer mais sobre esta viagem. Resta dizer que é uma excelente oportunidade, esta escala, para nos despedirmos deste veterano dos mares do Báltico e ficar a conhecê-lo, também. Uma vez que, é a primeira vez que visita Lisboa e provavelmente a última daí que a sua apresentação tenha sido mais elaborada. Texto, copyright: Ricardo Martins, Lisboa.
Fotos do navio Onyx, em Lisboa, copyright: Rui Agostinho.
1 comentário:
Aos amigos Madeirenses quero expressar o meu pesar pelas perdas, pelos estragos e desejo um rápido retomar à normalidade.
Um abraço,
Azores Cruise Club
http://cruzeirospdl.blogspot.com
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