Vintage Ships
France-Norway-Blue Lady
France e Norway a representação marítima ao mais alto nível de dois países. O navio France, nasceu nos estaleiros Chantiers de l’Atlantique, em Saint Nazaire, França, com o número de casco G19. A sua quilha foi assente a 7 de Setembro de 1957. A 11 de Maio de 1960, foi baptizado pelo bispo de Nantes e recebeu o nome France. Foi-lhe atribuído o número IMO 5119143. A sua madrinha foi a senhora Yvonne De Gaulle, mulher do presidente da República Francesa, de então.
A 19 de Novembro de 1961, fez os testes de mar onde atingiu os inesperados 35,21 nós de velocidade. Após os testes de mar, a 21 de Novembro de 1961, foi entregue à companhia que o encomendou a Compagnie. Générale Trans Atlantique (a 25 de Julho de 1956), no porto de Le Havre, na França. Com capacidade para receber 2044 passageiros, servidos por 1253 tripulantes, seguiu a 19 de Janeiro de 1962 em cruzeiro inaugural até às ilhas Canárias, com 1705 passageiros. Nesta viagem cruzou-se com o outro navio Francês, o Liberté indo este a caminho da sucata. Foi equipado com oito turbinas a vapor da marca CEM-Parsons e com o poder de 160 000kW, podia assim atingir 31 nós, sobre as suas 57607 toneladas. Tinha 315,66m de comprimento, o que o levou a ostentar o título de navio mais comprido do Mundo até ser ultrapassado pelos 345 m do Queen Mary 2, em 2004.
Tinha 33,7m de largura, e um calado extraordinário de 10,48m. Devido à sua largura nunca navegou no canal do Panamá nem no canal do Suez, tendo que realizar sempre as rotas alternativas a estes canais. Após uma grave crise no sector do petróleo, 25 de Outubro de 1974, foi a data anunciada para a sua saída de serviço, devido à incapacidade da companhia para o manter em operação. Sabendo desta notícia a tripulação apoderou-se do navio desde 25 de Setembro até 9 de Outubro e decidiu bloquear a entrada do porto de Le Havre, tendo os 1200 passageiros que abandonar o navio no ferry da Townsend Thoresen Viking III. Seguiu-se a derrota para os tripulantes e este foi considerado o último dia de serviço pela Compagnie Générale Trans Atlantique. A 7 de Dezembro de 1974 foi obrigado a atracar num cais distante, no porto de Le Havre, conhecido como o cais do esquecimento. Tinha terminado a sua carreira nesta companhia, realizando 377 travessias do oceano Atlântico, duas viagens de volta ao Mundo e 91 cruzeiros, com um total de 588 024 passageiros transportados e 1 860 000 milhas náuticas percorridas.
Após três anos de permanência no cais do esquecimento, um milionário Saudita adquiriu-o com o propósito de o converter em navio museu. Tal propósito não foi cumprido, e muito se especulou na altura sobre qual o seu futuro. A 25 de Junho de 1979, o dono da Norwegian Cruise Line, Knut Kloster, adquiriu-o por 18 milhões de dólares, com o propósito de o converter no maior navios de cruzeiros do Mundo. A 18 de Agosto desse ano seguiu a reboque para o estaleiro Lloyds, em Bremerhaven, na Alemanha, para uma enorme e dispendiosa conversão. Viu seis das suas caldeiras saírem do seu interior, o seu poder reduzido para 29420 kW, a velocidade a baixar para 17 nós, a sua tonelagem a aumentar para 70702t e o número de tripulantes reduzido para 875. A 14 de Abril de 1980 saiu do estaleiro onde recebeu o novo nome, Norway. Foi registado em Oslo e recebeu o sinal de chamada LITA. Rebaptizado como o primeiro grande navio de linha, dedicado ao mercado exclusivo de cruzeiros, foi posicionado nas Caraíbas onde teve enorme sucesso. Teve de se adaptar várias vezes ao mercado com pequenas obras e a mais notável foi o acrescento da superstrutura por cima da ponte, que segundo muitos, o descaracterizou muito, perdendo o verdadeiro estilo de navio de linha.
A 19 de Novembro de 1961, fez os testes de mar onde atingiu os inesperados 35,21 nós de velocidade. Após os testes de mar, a 21 de Novembro de 1961, foi entregue à companhia que o encomendou a Compagnie. Générale Trans Atlantique (a 25 de Julho de 1956), no porto de Le Havre, na França. Com capacidade para receber 2044 passageiros, servidos por 1253 tripulantes, seguiu a 19 de Janeiro de 1962 em cruzeiro inaugural até às ilhas Canárias, com 1705 passageiros. Nesta viagem cruzou-se com o outro navio Francês, o Liberté indo este a caminho da sucata. Foi equipado com oito turbinas a vapor da marca CEM-Parsons e com o poder de 160 000kW, podia assim atingir 31 nós, sobre as suas 57607 toneladas. Tinha 315,66m de comprimento, o que o levou a ostentar o título de navio mais comprido do Mundo até ser ultrapassado pelos 345 m do Queen Mary 2, em 2004.
Tinha 33,7m de largura, e um calado extraordinário de 10,48m. Devido à sua largura nunca navegou no canal do Panamá nem no canal do Suez, tendo que realizar sempre as rotas alternativas a estes canais. Após uma grave crise no sector do petróleo, 25 de Outubro de 1974, foi a data anunciada para a sua saída de serviço, devido à incapacidade da companhia para o manter em operação. Sabendo desta notícia a tripulação apoderou-se do navio desde 25 de Setembro até 9 de Outubro e decidiu bloquear a entrada do porto de Le Havre, tendo os 1200 passageiros que abandonar o navio no ferry da Townsend Thoresen Viking III. Seguiu-se a derrota para os tripulantes e este foi considerado o último dia de serviço pela Compagnie Générale Trans Atlantique. A 7 de Dezembro de 1974 foi obrigado a atracar num cais distante, no porto de Le Havre, conhecido como o cais do esquecimento. Tinha terminado a sua carreira nesta companhia, realizando 377 travessias do oceano Atlântico, duas viagens de volta ao Mundo e 91 cruzeiros, com um total de 588 024 passageiros transportados e 1 860 000 milhas náuticas percorridas.
Após três anos de permanência no cais do esquecimento, um milionário Saudita adquiriu-o com o propósito de o converter em navio museu. Tal propósito não foi cumprido, e muito se especulou na altura sobre qual o seu futuro. A 25 de Junho de 1979, o dono da Norwegian Cruise Line, Knut Kloster, adquiriu-o por 18 milhões de dólares, com o propósito de o converter no maior navios de cruzeiros do Mundo. A 18 de Agosto desse ano seguiu a reboque para o estaleiro Lloyds, em Bremerhaven, na Alemanha, para uma enorme e dispendiosa conversão. Viu seis das suas caldeiras saírem do seu interior, o seu poder reduzido para 29420 kW, a velocidade a baixar para 17 nós, a sua tonelagem a aumentar para 70702t e o número de tripulantes reduzido para 875. A 14 de Abril de 1980 saiu do estaleiro onde recebeu o novo nome, Norway. Foi registado em Oslo e recebeu o sinal de chamada LITA. Rebaptizado como o primeiro grande navio de linha, dedicado ao mercado exclusivo de cruzeiros, foi posicionado nas Caraíbas onde teve enorme sucesso. Teve de se adaptar várias vezes ao mercado com pequenas obras e a mais notável foi o acrescento da superstrutura por cima da ponte, que segundo muitos, o descaracterizou muito, perdendo o verdadeiro estilo de navio de linha.
Contudo sempre foi bem aceite pelos seus passageiros e entusiastas de navios. Ao longo dos anos de serviço teve alguns problemas mecânicos, sofreu incêndios, multas por não cumprimento das regras ambientais, mas conseguiu sempre sobreviver a tudo isso. Em 1990 foi registado nas Bahamas, perdendo assim mais um pouco da identidade, Norueguesa e confirmando uma vez mais a sua forte presença no mercado Caribenho. Também neste ano, a 3 de Setembro, voltou ao estaleiro Lloyd Werft, para ver novamente a sua capacidade de passageiros aumentar (1944), os camarotes também.
Em 1994, fez a sua última conversão ficou com um total de 76049t, capacidade para 2565 passageiros tendo mantido a tripulação. Em 1998 efectuou um cruzeiro pelo Mediterrâneo com convidados Franceses, como navio France.
A 25 de Maio de 2003, dá-se o pior acontecimento da vida do navio, às 6:30h da manhã, uma explosão nas caldeiras destruiu seriamente o seu interior, deixando-o inoperacional. Matou 8 tripulantes, ferindo outros tantos, no porto de Miami. A 27 de Junho de 2003 o navio saiu do porto sem ser anunciado o seu destino, rebocado pelo rebocador Smitwijs de Roterdão para Bremerhaven. Chega a este estaleiro a 24 de Julho, e aqui serve de navio de treino para a tripulação do novo navio da NCL, o Pride of América. Em Março de 2004 a companhia decide não reparar o navio, e colocá-lo á venda, estando este já na subsidiária da Norwegian Cruise Line a Star Cruises. A 23 de Maio de 2005, o navio saiu de Bremerhaven a reboque do rebocador Chinês, De Da com destino a Port Kelang na Malásia, onde chegou a 10 de Agosto. Após muita indecisão e uma fase muito complicada devido a protestos quanto à sua possível demolição, por parte das entidades ambientais, em Abril de 2006 foi vendido à Bridgend Shipping Limited da Monróvia, Libéria, foi renomeado SS Blue Lady em preparação para a sucata. Um mês mais tarde foi novamente vendido à Haryana Ship Demolition Pvt. Ltd, e ficou fundeado na Malásia, após a recusa do governo do Bangladesh em autorizar a entrada do navio neste país, devido aos problemas ambientais conhecidos. Três semanas mais tarde, o navio rumou em direcção a águas Indianas, e a 15 de Agosto de 2006 foi deliberadamente encalhado nas praias de Alang, e aí morreu a última esperança de todos os entusiastas de navios perante qualquer iniciativa de salvamento do mesmo. Desde a explosão da sua caldeira em Miami até ao encalhe em Alang teve um período muito conturbado mudando várias vezes de mãos e arrastando processos em vários tribunais. Em 2007 iniciou-se o seu desmantelamento, pelo topo. A 12 de Julho a proa e a popa foram removidas. Neste momento praticamente não resta nada desta glória do mar. As últimas imagens do navio mostram apenas uma pequena parte da quilha, que ainda resta sobre as areias de Alang.
Texto, Ricardo Martins, Lisboa.
Fontes: Wikipédia, Norwegian Cruise Line, maritimematters.com, meretmarine.com, travelpage.com, Internet.
Fotos: perso.orange.fr, meretmarine.com, blog mediavigil, getty images, linerich, bluenorway.org, Thorsten Pohl (Norway atracado em Bremerhaven), DanMS, Reuben Goossens, skyejethani.com, Rui Agostinho (Lisboa).
Em 1994, fez a sua última conversão ficou com um total de 76049t, capacidade para 2565 passageiros tendo mantido a tripulação. Em 1998 efectuou um cruzeiro pelo Mediterrâneo com convidados Franceses, como navio France.
A 25 de Maio de 2003, dá-se o pior acontecimento da vida do navio, às 6:30h da manhã, uma explosão nas caldeiras destruiu seriamente o seu interior, deixando-o inoperacional. Matou 8 tripulantes, ferindo outros tantos, no porto de Miami. A 27 de Junho de 2003 o navio saiu do porto sem ser anunciado o seu destino, rebocado pelo rebocador Smitwijs de Roterdão para Bremerhaven. Chega a este estaleiro a 24 de Julho, e aqui serve de navio de treino para a tripulação do novo navio da NCL, o Pride of América. Em Março de 2004 a companhia decide não reparar o navio, e colocá-lo á venda, estando este já na subsidiária da Norwegian Cruise Line a Star Cruises. A 23 de Maio de 2005, o navio saiu de Bremerhaven a reboque do rebocador Chinês, De Da com destino a Port Kelang na Malásia, onde chegou a 10 de Agosto. Após muita indecisão e uma fase muito complicada devido a protestos quanto à sua possível demolição, por parte das entidades ambientais, em Abril de 2006 foi vendido à Bridgend Shipping Limited da Monróvia, Libéria, foi renomeado SS Blue Lady em preparação para a sucata. Um mês mais tarde foi novamente vendido à Haryana Ship Demolition Pvt. Ltd, e ficou fundeado na Malásia, após a recusa do governo do Bangladesh em autorizar a entrada do navio neste país, devido aos problemas ambientais conhecidos. Três semanas mais tarde, o navio rumou em direcção a águas Indianas, e a 15 de Agosto de 2006 foi deliberadamente encalhado nas praias de Alang, e aí morreu a última esperança de todos os entusiastas de navios perante qualquer iniciativa de salvamento do mesmo. Desde a explosão da sua caldeira em Miami até ao encalhe em Alang teve um período muito conturbado mudando várias vezes de mãos e arrastando processos em vários tribunais. Em 2007 iniciou-se o seu desmantelamento, pelo topo. A 12 de Julho a proa e a popa foram removidas. Neste momento praticamente não resta nada desta glória do mar. As últimas imagens do navio mostram apenas uma pequena parte da quilha, que ainda resta sobre as areias de Alang.
Texto, Ricardo Martins, Lisboa.
Fontes: Wikipédia, Norwegian Cruise Line, maritimematters.com, meretmarine.com, travelpage.com, Internet.
Fotos: perso.orange.fr, meretmarine.com, blog mediavigil, getty images, linerich, bluenorway.org, Thorsten Pohl (Norway atracado em Bremerhaven), DanMS, Reuben Goossens, skyejethani.com, Rui Agostinho (Lisboa).
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