quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Estreia do Mein Schiff em Lisboa

O porto de Lisboa recebeu hoje a sua primeira escala inaugural do mês de Setembro, nada mais nada menos que o primeiro paquete da "joint-venture" da Royal Caribbean Int. com a TUI AG intitulada TUI Cruises direccionada para o mercado alemão.
O Mein Schiff cujo nome em português significa "Meu Navio" chegou ao Tejo logo pela manhã, por volta das 07:00 oriundo de Vigo, atracou em Alcântara pela primeira vez emprestando a sonância do seu estilo e cores às águas da capital.
A recente TUI Cruises que iniciou operações no inicio deste ano, optou por escolher um dos navios da Celebrity Cruises(integrada no grupo R. Caribbean) como primeiro navio, trata-se do ex. Celebrity Galaxy e Galaxy de 1996, construído em Meyer Werft, Papenburg na Alemanha, ostenta uma estrutura moderna e de linhas bem concebidas eelegantes, ou seja o ideal para o começo de uma operadora no Mundo dos cruzeiros.
Após ter-se submetido a remodelações em Março de 2009 na ordem dos 62 milhões de dólares, de modo a se adaptar às preferências do mercado alemão, foi baptizado como Mein Schiff a 15 de Maio do ano corrente em Hamburgo, partiu em viagem inaugural antes de seguir para o Báltico onde se manteve posicionado durante o Verão em cruzeiros de 2 a 14 noites iniciados em Kiel e Hamburgo, viaja neste momento para o Mediterrâneo antes de partir para a América Latina para uma longa frequência de Inverno.
Desloca 77,713 mil toneladas, 264 metros de comprimento e 32,2 de boca, recebe 1,896 passageiros até 2,114 em lotação máxima com uma tripulação de 843 elementos de nacionalidades variadas entre europeus a americanos, navega a 21,5 nós de serviço e manteve o seu pavilhão que continua em La Valleta(Malta) anteriormente como Galaxy ostentou registo em Monrovia(Libéria) e Nassau(Bahamas) respectivamente antes do pavilhão maltês. Já a nível de acomodação, lazer e entretenimento o Mein Schiff dispõe de 935 cabines no geral, sendo 296 deles interiores e 639 exteriores, 3 piscinas uma interior e 2 exteriores, um centro de Spa, um casino, 3 restaurantes, vários bares, uma sala de teatro entre alguns outros.
Possui um casco alusivo à sua operadora, para além do nome em grandes dimensões pintado a branco, estão exibidas frases associadas a sensações manifestadas aquando a realização de um cruzeiro, de facto estes pormenores encaixam com a constituição do navio em geral.
O Mein Schiff deixou as águas da capital pelas 17:00 em direcção ao porto espanhol de Cádis.
Fotos: © Rui Agostinho-Lisboa,com direitos de autor.
Texto: João Abreu

2 comentários:

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

Vejo que houve muito cuidado na execução deste texto, o que é positivo.
Queria apenas alertar para um erro muito comum nos dias de hoje em Portugal, desde a imprensa escrita aos blogues: confunde-se a tonelagem bruta (GT segundo a convenção de arqueação de 1969) com o deslocamento dos navios, que é o volume de água deslocado pelo navio e traduz o peso deste (deslocamento leve) mais o porte bruto. O valor apresentado como DESLOCAMENTO é de facto a Arqueação Bruta do MEIN SCHIFF, isto é o seu volume interno segundo as regras da referida convenção. Nestes navios modernos, o deslocamento é regra geral menor que a GT. Apenas nos navios de guerra se utiliza o Deslocamemto para expressar a dimensão de cada unidade.
Um abraço e continuação de boa divulgação das coisas do mar.

Luis Miguel Correia

SHIPS & THE SEA

SERGIO@CRUISES disse...

Caro Luís M. Correia:

Agradeço-lhe a chamada de atenção não só porque contribui para a melhor viabilidade do artigo como também era uma palavra que empregava em grande parte dos meus textos, mas caso a frase seja empregada deste modo "desloca .... de arqueação bruta"; está incorrecta?

Comprimentos!