O navio Atlântida, encomendado pelo Governo Açoriano aos estaleiros navais de Viana do Castelo, para efectuar as ligações marítimas entre ilhas Açorianas, acaba de ser recusado por este. O Governo Açoriano rescindiu o contrato com o estaleiro o que poderá colocar este estaleiro em sério risco financeiro. Também terá consequências na reputação do mesmo, uma vez que esta recusa põe em causa a credibilidade e qualidade deste estaleiro a nível nacional e internacional. Recorde-se que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo são os maiores e melhores estaleiros de construção naval Portugueses, com muitos navios construídos e sendo a maior parte dos seus produtos para exportação, uma prova da qualidade dos mesmos. Estes estaleiros têm pouca experiência na contrução de navios de passageiros, mas têm provas dadas com a contrução do ferry Lobo Marinho, actual ferry que efectua as ligações entre a Madeira e Porto Santo. O Atlântida é uma versão deste último, mas em escala menor e sujeito a diversas alterações impostas pelo seu ex-comprador. Este projecto é de origem Russa e sofreu adaptações ao longo da construção para operar nos mares dos Açores. O projecto é Russo por ordem do ex-comprador. O navio nos testes de mar atingiu os 16,5 nós de velocidade, ou seja 85% da velocidade contratada.O governo Açoriano precipitou-se e foi influenciado pela opinião pública agora esperamos uma vez mais pela solução que irá encontrar para resolver a situação do transporte marítimo nos Açores. Provavelmente passará pelo fretamento de navios, situação que certamente não será benéfica para os Açorianos, uma vez que a mesma solução já deu provas de não ser fiável para este tipo de mercado. Recorde-se que o governo Açoriano tem recorrido ao fretamento de navios no período de Verão para efectuar o transporte inter-ilhas. Aos estaleiros resta a venda do navio para o mercado internacional, afinal é o mercado que confia nos seus produtos. Provavelmente serão feitas algumas alterações para evitar alguns aspectos menos positivos na construção que se destinava ao mercado nacional.
A rescisão do contrato baseia-se segundo o próprio governo no facto do navio não ter atingido a velocidade pretendida, e explícita no contrato, uma vez mais um governo prova a sua ignorância em termos marítimos e deixa influenciar-se pela comunicação social, errando de forma grosseira e pondo em risco de falência o melhor estaleiro naval Português, e adiantando que irá fretar navios para assegurar o serviço, ou seja uma vez mais iremos ter um governo a dar o dinheiro dos Portugueses aos estrangeiros. Refira-se que quer a Atlânticoline empresa que iria operar o novo navio, quer os estaleiros navais são empresas públicas.
Texto e fotos:Ricardo Martins, Madeira.
A rescisão do contrato baseia-se segundo o próprio governo no facto do navio não ter atingido a velocidade pretendida, e explícita no contrato, uma vez mais um governo prova a sua ignorância em termos marítimos e deixa influenciar-se pela comunicação social, errando de forma grosseira e pondo em risco de falência o melhor estaleiro naval Português, e adiantando que irá fretar navios para assegurar o serviço, ou seja uma vez mais iremos ter um governo a dar o dinheiro dos Portugueses aos estrangeiros. Refira-se que quer a Atlânticoline empresa que iria operar o novo navio, quer os estaleiros navais são empresas públicas.
Texto e fotos:Ricardo Martins, Madeira.
2 comentários:
Fui funcionária dos ENVC durante 12 anos, sei a competência e qualidade dos profissionais que lá trabalham, é uma injustiça e é muito triste que a mesma tenha sido feita por um Governo do seu próprio país...
Só peço para se investigar e ver para que realmente o Governo dos Açores queria o Navio, pois com tanto luxo, de certeza que não seria para transportar o POVO entre ilhas.
Uma Vianense - que PRECISA DOS ENVC
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