Ao fundo, ancorado a um pontão no Mondego e de frente para o porto comercial da Figueira da Foz, flutua o ‘ferry’ Haksolok, encomendado em 2014 pelo governo timorense, para fazer a ligação marítima entre o enclave de Oecusse, no oeste do país, a ilha de Ataúro e Díli, a capital de Timor-Leste. O navio, cuja construção está parada desde 2018, por dificuldades financeiras e dívidas a credores.Chega-se àquela zona historicamente ligada à construção naval por uma estrada em mau estado, rodeada por edifícios devolutos ou destruídos.
Ao invés, a embarcação de 73 metros de comprimento e 12 de largura, registado no MAR-Registo Internacional Navios da Madeira, projetado para poder transportar quase 400 passageiros e 26 veículos ligeiros, tem hoje, uma visão de abandono.
A entrada de Timor-Leste no capital da AtlanticEagle Shipbuilding não sucedeu apenas para terminar a construção do ‘ferry’, tratando-se de um investimento “de longo prazo”.
O negócio valia cerca de 13,3 milhões de euros e a construção deveria ficar concluída em Abril de 2016. Mas o ferry Haksolok, já foi baptizado, está concluído a 70%, mas entretanto os estaleiros da Figueira da Foz suspenderam a actividade e a AtlanticEagle Shipbuilding recorreu ao PER (Plano Especial de Recuperação). Text and images copyrights; Texto e imagens com direitos reservados; Sergio Ferreira-Funchal.
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